Orienta Candido apresenta voluntariado como oportunidade pessoal e profissional
Você sabia que o voluntariado é uma grande oportunidade pessoal e também profissional? Isso mesmo. A responsabilidade social se tornou um dos assuntos mais discutidos e praticados no ambiente empresarial. E é esse o tema que o Orienta Candido trouxe para os acadêmicos. E nós, do Mundo Universitário, estivemos lá para compartilhar tudo com você.
Elis Moura, analista de RH do Grupo Barcelos e uma das palestrantes do evento, explica a percepção das empresas e dos recrutadores sobre o voluntariado.
“Uma empresa prefere desenvolver a parte técnica, investir em cursos, investir até em uma graduação, pós-graduação, e trabalhar menos o comportamental. Até treinar o comportamental, já deu muito problema, já teve que desligar. Desligamento gera custo. Contratar gera custo. Então, o trabalho voluntário ajuda até mesmo na redução de custo para empresa.
Eu trabalho em um grupo grande. O Grupo Barcelos tem mais de 2.700 colaboradores. É a empresa que mais contrata em Campos. Então, seria inviável buscar profissionais que só tenham experiência. E o trabalho voluntário, a gente olha com mais carinho, porque reflete uma pessoa que não busca somente o labor, busca o trabalho como construção, vê como meio de crescimento. No Grupo Barcelos, nós temos plano de carreira, temos programas na empresa que oportunizam crescimento profissional. Então, nós olhamos esse candidato como alguém que tem tendência a crescer dentro da empresa, que é a intenção do Grupo: desenvolver pessoas ali dentro e não contratar liderança.
Porque no voluntariado a gente vai porque a gente quer. A gente não pensa no salário, a gente pensa no crescimento da empresa, da instituição que estamos ajudando. A gente também aprende sobre hierarquia, trabalho em grupo… Hoje em dia é muito mais importante a parte comportamental do que a parte técnica. A empresa busca muito mais o comportamental do que o técnico. O técnico a gente consegue treinar, o comportamental não.”
A oportunidade também está no campo pessoal. Realizar atividades sociais vinculadas a sua área gratuitamente, simplesmente pelo prazer e vontade de ajudar, passando conhecimento e facilitando a vida de outras pessoas, deixa você mais preparado para o futuro. Victor Hugo Areas é ex aluno da Candido Mendes e um dos que encontraram no trabalho voluntário essa satisfação pessoal.
“A principal lição que eu tenho é de valorizar. Valorizar a oportunidade de ter estado na universidade, de trabalhar. Dentro da minha empresa, eu consegui melhorar muito na questão de trabalho em equipe, visualização de hierarquia como algo que deve ser seguido e da pró-atividade, que acho que é mais importante e cada um tem um pouquinho dentro de si. O voluntariado aguça essas qualidades.
No campo pessoal, eu aprendi a dar mais valor ao próximo. Enxergar o próximo como nosso irmão. Quando vamos às comunidades, por meio do TETO, é mais que uma terapia. É muito gratificante poder ver que o morador nos trata com muito carinho. A gente chega na comunidade, só falta eles dizerem para morarmos lá. Eles abrem as portas pra gente. É um sentimento de pertencimento. Eu diminui a lacuna entre a comunidade, que está dentro da nossa cidade, e a minha casa. Esse foi o principal impacto na minha vida.
Mas para todo esse trabalho do TETO acontecer, a gente precisa de doação. Porque sem a doação nada disso acontece. As casas são 100% custeadas pelo financiamento coletivo. Não tem apoio do poder público e ainda não temos parceria com instituições privadas. O financiamento da construção das casas vem das vaquinhas, as chamadas crowdfunding.
Se você entendeu o que significa o voluntariado na sua vida profissional e pessoal, de repente essa era oportunidade que você precisava para conhecer uma instituição séria e comprometida com o próximo, como a TETO. E assim, se engajar na causa como um voluntário, colocando a mão na massa, ou contribuindo financeiramente para isso.