Aluna da Candido aprova projeto de Lei na Alerj
Yasmin Cândido Ribeiro de Campos, aluna do 4º período de Direito da Universidade Candido Mendes, alcançou um feito incrível: conseguiu a aprovação de uma lei na Alerj voltada para a inclusão da comunidade surda! 👐Sua determinação e compromisso com a justiça e a igualdade são exemplos para todos nós. Quer saber mais sobre essa conquista? Confira a entrevista completa!
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O que a motivou a propor um projeto de lei voltado para a inclusão da comunidade surda?
“Eu queria que o projeto tivesse relevância para a sociedade, e alguns dos meus amigos já tinham experiência na defesa dessa pauta. Então, isso me fez almejar tratar sobre esse assunto.” -
Como surgiu a ideia de organizar feiras nas escolas para promover essa inclusão?
“Dentro do projeto do Parlamento Juvenil, existiam regras para a elaboração do projeto e isso limitava bastante as ideias, então, como sou apaixonada por feiras de ciências, uni o útil ao agradável, uma vez que a ideia da feira seria compatível com as regras do projeto.”
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Poderia compartilhar como foi o processo de elaboração e apresentação do seu projeto durante o Parlamento Juvenil?
“Tivemos alguns dias de treinamento para aprender a elaboração da lei e depois nos foi dado um prazo para o envio do nosso projeto. Após essa etapa, passamos uma semana no Rio de Janeiro vivenciando um dia a dia de parlamentar, onde tivemos votações dentro de comissões e depois a votação no Plenário, onde defendi meu projeto. Ele ficou entre os três projetos mais votados pelos outros parlamentares juvenis.”
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Qual é sua expectativa em relação ao impacto que a Lei nº 10.540 terá nas escolas estaduais e na sociedade em geral?
“O impacto que almejo é que o conhecimento sobre a surdez e os meios de inclusão dos surdos sejam disseminados para toda a sociedade, e não somente para um grupo específico. Que em breve possamos tornar a Libras a segunda língua mais falada no Brasil e promover a verdadeira acessibilidade às pessoas não oralizadas.”
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Como você acredita que essas feiras podem contribuir para a conscientização e inclusão da comunidade surda?
“Acredito que não há nada mais valioso do que a comunicação; é através dela que nos desenvolvemos, criamos laços e muitas outras coisas. Isso tem sido uma realidade distante para as pessoas não oralizadas, afetando não somente a comunidade surda, mas vários outros grupos de pessoas que também não se comunicam verbalmente e podem utilizar a Libras para sua comunicação. Então a contribuição dessa lei é dar liberdade a essas pessoas concedendo a elas seu modo de fala.”
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De que forma sua formação em Direito na Universidade Candido Mendes contribuiu para o desenvolvimento desse projeto?
“Na verdade, eu ainda não cursava faculdade na época do projeto, estava no último ano do ensino médio, mas foi através dessa experiência que pude ter maior clareza da graduação que eu gostaria de cursar, o que tem sido outra experiência fantástica para mim.”
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Como essa experiência influenciou sua visão sobre o papel do Direito na promoção de mudanças sociais?
“Como mencionado na pergunta anterior, foi essa experiência que me fez escolher minha graduação, por me mostrar que lutar pelos direitos das pessoas que por algum motivo não têm sua voz ouvida me realizaria profissionalmente. Então o Direito para mim é esse meio de lutar pelos direitos que ainda são ameaçados ou violados de alguma forma.”
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Pretende continuar engajada em iniciativas voltadas para a inclusão e os direitos das pessoas com deficiência?
“Sim, acho que essa é uma responsabilidade de toda a sociedade.”
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Que mensagem você gostaria de deixar para seus colegas estudantes de Direito e outros jovens que desejam promover mudanças positivas em suas comunidades?
“Que nós sempre podemos fazer algo por alguém, só precisamos estar atentos às necessidades uns dos outros. A generosidade é a maior revolução que podemos promover.”
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